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>Competição > Brasileiro de Motocross

3ª etapa - Detalhes do evento - Quissamã- RJ
Publicado em: 02/07/2010
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Pista de areia é novo palco do campeonato
Redação MotoX.com.br - Texto e fotos: Maurício Arruda 


Largada MX2


Confira os vídeos da prova na MotoX TV
Após dois meses de intervalo o Pro Tork Brasileiro de Motocross retornou no último final de semana em novo palco, a pequena Qissamã, região norte do Estado do Rio de Janeiro. Uma grande estrutura, utilizando o Parque de Exposição Municipal, recebeu os pilotos em uma nova pista de cerca de 1.400 metros, novidade para todos os participantes.

O piso de areia foi o destaque do circuito todo plano, recheado de saltos duplos e com dois grandes triplos, além de um longo trecho onde a dificuldade era o próprio terreno. Os treinos denunciaram a falta de intimidade de muitos pilotos com o tipo de solo, pouco comum no calendário da competição e exigente com os atletas, tanto no fisício quanto na técnica.

A ausência de Jorge Balbi nesta prova - o mineiro segue em recuperação do acidente que sofreu em Chapecó (SC) -, até então primeiro colocado do campeonato nas duas principais categorias, deixou o caminho aberto para que um novo líder surgisse. O norteamericano Scott Simon mostrou que está cada vez em melhor forma e não perdeu a oportunidade de brilhar, saindo da prova fluminense na ponta das classes MX1 e MX2. 


Scott Simon


Adam Chatfield
Thales Vilardi começou na liderança a prova da categoria MX1 seguido por Scott Simon. O paulista, dono da melhor marca nos treinos, cedeu a pressão de Scott após algumas voltas e, em seguida, sofreu o assédio de Adam Chatfield, o "gringo" da 2B Racing Duracell, que fez sua estreia na competição. Os três foram os únicos a rodar na casa de 1:29, determinando o ritmo da prova. Thales perdeu posição para Chatfield logo em seguida, caindo para a terceira colocação.

O inglês não conseguiu impedir o domínio de Scott Simon que mostrou-se a vontade na areia e venceu a bateria com mais de 13 segundos de vantagem. No final da prova Marcello Ratinho Lima descontou a diferença para Thales fazendo a ultrapassagem. O problema é que sua Kawasaki ficou sem combustível pouco depois, deixando Ratinho inconsolável já que o resultado era importantíssimo para mantê-lo na briga pelo título. O resultado só não foi pior porquê hoje o regulamento não obriga mais que o piloto receba a bandeirada, assim Ratinho ainda garantiu os pontos da décima posição, apesar das duas voltas a menos. 


Thales Vilardi


Pipo Castro
Com o problema de Ratinho o terceiro lugar voltou definitivamente para Thales Vilardi. Pipo Castro chegou em seguida vencendo a disputa com Dudu Lima pela quarta posição. Douglas Parise, Nielsen Bueno, Daniel Pessanha e Gabriel Montenegro completaram na sequência. O costariquenho Roberto Castro, um dos favoritos, enfrentou problemas ainda no início abandonando a corrida.

O domínio de Scott Simon foi ainda maior na prova da MX2 onde o piloto da Pro Tork partiu para uma vitória de ponta a ponta. "Estou treinando bastante e não me senti muito cansado, apesar de encarar um terreno bem pesado aqui em Quissamã. As vitórias são um reflexo do meu trabalho e fico feliz por poder conquistá-las. Agradeço a Pro Tork por todo o suporte, não poderia estar melhor aqui no Brasil", comemorou o destaque da etapa. 



Marcello Ratinho


Dudu Lima
Desde o início Ratinho foi o único a andar próximo de Scott nesta bateria, mas não o suficiente para tentar uma ultrapassagem. Desta forma o piloto levou sua Kawasaki a segunda colocação. "Ele é melhor neste tipo de terreno, então preferi não arriscar", afirmou após a corrida.

Adam Chatfield andou bem também nesta bateria, onde precisou recuperar posições após uma largada mediana. O inglês tinha a quarta posição na metade da corrida, momento em que ameaçava Dudu Lima. A ultrapassagem veio pouco depois e Chatfield garantiu o terceiro lugar. "Ainda não conheço meus adversários, não sei com quem devo me preocupar. Agora já estou com um conhecimento maior deles e isso, com certeza, vai me ajudar", comentou o piloto que ainda não sabe sobre seu futuro, mas demonstrou sua preferência. "Se tiver a oportunidade e o apoio da minha equipe, quero ficar aqui (no Brasil)", completou.

Com a quinta colocação o venezuelano Humberto Martin foi o terceiro estrangeiro no pódio desta bateria, seu melhor resultado no campeonato nacional até aqui. Já com uma volta de desvantagem, Marçal Muller, Douglas Parise, Daniel Pessanha, Gustavo Amaral e Leandro Smakovicz fecharam os dez mais rápidos. 


Nielsen Bueno


Davis Guimarães
A categoria MX3 tem sido uma das mais disputadas da competição. Nesta etapa foi assim novamente, mas com uma diferença, a entrada de um novo protagonista: Nielsen Bueno. Piloto versátil, Nielsen atualmente tem uma carreira de sucesso no enduro, é o atual campeão brasileiro, mas também é um grande apaixonado pelo motocross, modalidade em que voltou a competir neste ano. Com uma brilhante apresentação ele fez um duelo particular com Davis Guimarães pela vitória em Quissamã.

A dupla alternou-se na liderança, sempre com Milton Chumbinho Becker pouco mais atrás, ameaçando entrar na disputa. Davis conseguia ser mais rápido no miolo do circuito, onde ganhava tempo emendando um triplo que Nielsen não completava (desde os treinos ele afirmou que não saltaria o obstáculo, confira o vídeo na MotoX TV), mas invariavelmente Nielsen retomava a ponta nas curvas arenosas do fundo do circuito. 



Nielsen e Chumbinho no pódio


Veja também: Galeria de Imagens da Prova com 585 Fotos!
Quando a prova chegou próxima ao final a impressão é de que Nielsen estava mais inteiro, então ele finalmente despachou o adversário, garantindo a vitória. Foi grande a vibração nos pits e Nielsen foi festejado até pelos adversários, demonstração explicita de simpatia pelo piloto da Suzuki. Aliás, o status de piloto de fábrica não condiz com a realidade que o atleta enfrenta para participar da competição. Vimos o quanto o piloto lutou para estar ali, conseguir uma moto para fazer o campeonato e participar das provas. Nessa corrida ele foi sem nenhum suporte, sozinho, apenas ele, dirigindo uma picape com sua moto na caçamba.

Davis Guimarães manteve a segunda posição e com isso empatou com Chumbinho - terceiro nesta etapa - na pontuação do campeonato. Nico Rocha teve atuação discreta mantendo a quarta posição desde as primeiras voltas. Já Willian Guimarães foi uma das vítimas da areia levando um belo tombo no início da bateria, mas ainda assim se recuperou até o quinto posto. 


Carlos Eduardo Franco


Nivaldo Viana
Há no campeonato apenas uma categoria onde um piloto tem 100% de aproveitamento nas corridas até aqui, a 230, única classe destinada à motocicletas de fabricação nacional. O domínio de Carlos Eduardo Franco seguiu em mais uma prova. Na areia foi tranquilo para o sulmatogrossense abrir e administrar, sem ameaça da concorrência que era claramente mais lenta no circuito recheado de buracos.

Parecia que seria tranquilo também para Ismael Rojas, que seguiu isolado na segunda posição quase até a metade da corrida, quando levou um tombaço no meio de uma reta de areia pesada. Era o que Nivaldo Viana precisava para entrar na briga pelo segundo lugar, após um início não muito bom na prova. Novos erros deixaram Rojas distante de Nivaldo que terminou comemorando muito seu melhor resultado na competição.

O quarto lugar também foi bastante festejado por Rafael Xavier, pela primeira vez no pódio. A quinta posição foi definida na última volta quando Everton Mussi deixou escapar o posto em favor de Eduardo Rosing. 


Anderson Amaral


João Pedro Ribeiro
Que tal liderar praticamente toda uma corrida e, faltando meia volta, abandonar com problemas mecânicos? É, este é um dissabor e tanto, e foi exatamente o que passou Cézar Zamboni na prova da 85cc. Quando fazia o último giro sua motocicleta parou com uma pane no câmbio, e não restou nada a fazer. Zamboni assistiu o segundo triunfo de Anderson Amaral, que já havia vencido no sábado, quando foi disputada a prova válida pela segunda etapa, em substituição a interrompida em Carlos Barbosa (RS).
 
João Pedro Ribeiro, único a estar na mesma volta dos líderes, também ganhou posição fechando a corrida em segundo. Zamboni subiu ao pódio em terceiro pois tinha um giro de vantagem em relação aos demais. Rodrigo Riffel e Halex Dalfovo chegaram respectivamente na quarta e quinta colocações. 


Kioman Munhoz e José Brayan Soares


Enzo Lopes
Na 65cc a vitória também parecia certa. Mais de metade da prova havia transcorrido quando Djalma Brito, com larga vantagem e total domínio até então, teve problemas elétricos em sua motocicleta. Forçado a abandonar Djalma viu Kioman Munhoz vencer e pular para a liderança do campeonato. Com este resultado o goiano é líder da categoria nas três principais competições nacionais, além do Brasileiro ele está na frente na Superliga de Motocross e no Arena Cross.

Enzo Lopes, mesmo ainda sem estar 100% fisicamente, conquistou com tranquilidade o segundo lugar. José Brayan Soares e Daniel Reichhardt se alternaram nas posições seguintes. No final José Brayan confirmou a terceira posição com leve vantagem sobre o concorrente. Yuri Campello fechou o pódio desta bateria.

A próxima etapa do Pro Tork Campeonato Brasileiro de Motocross está confirmada para os dias 17 e 18 de julho na cidade de Foz do Iguaçu (PR). 


Próxima etapa será em Foz do Iguaçu (PR), nos dias 17 e 18 de julho

A 3ª etapa do Pro Tork Campeonato Brasileiro de Motocross foi uma realização da Federação de Motociclismo do Estado do Rio de Janeiro (FEMERJ), com apoio da prefeitura de Quissamã. O campeonato tem patrocínio de Pro Tork e Rinaldi, com supervisão da Confederação Brasileira de Motociclismo (CBM).

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