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>Competição > Brasileiro de Motocross

3ª etapa - Carlos Barbosa - Mais detalhes do evento
Publicado em: 06/05
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Emoção de sobra em Carlos Barbosa
Texto e fotos: Equipe MotoX - Flávio de Oliveira e Maurício Arruda

Largada MX1

A terceira etapa do Campeonato Brasileiro de Motocross aconteceu em Carlos Barbosa, RS, cidade que tem como referência um dos times de futebol de salão mais fortes do Brasil, mas merece também se destacar pelo fantástico evento que acompanhamos. É o terceiro ano que a etapa do Rio Grande do Sul acontece neste circuito e cada vez o evento é melhor e movimenta mais a cidade.


Jorge Balbi (à esq.) acompanhou a prova. Aqui o atual campeão conversando com o vencedor da etapa Douglas Parise. 
Neste etapa arquibancadas cheias desde o sábado (quando acontecem os treinos cronometrados), um público animado e pilotos de todo país prestigiando a competição. O ventinho gelado soprando no final de tarde nos fez lembrar a todo momento que estavamos na prova disputada mais ao sul do Brasil de toda temporada e também uma das mais espetaculares. 

Não só por todo esse clima de grande evento e do público apaixonado pelo motociclismo, mas também pelo seletivo circuito, um dos mais variados do Campeonato em obstáculos, com belos saltos, subidas, descidas, costelas e que mescla trechos de alta e baixa velocidade.

O clima colaborou com os pilotos e esteve sempre com uma temperatura agradável sem chuva, enfim perfeito para ‘acelerar forte’. A região pouco dias antes havia recebido chuva, fato que ajudou a evitar qualquer incomodo com a indesejável poeira. Tudo para que os principais pilotos do país mostrassem todo potencial.


Ric Raspa
Nos treinos cronometrados os melhores tempos foram dos seguintes pilotos: Cássio Garcia (MX1) 1.35.044; Aderson Cidade (85cc) 1.40.295; Hector Assunção (65cc) 1.53.222 Rodrigo Selhorst (MX2) 1.34.204 e Roosevelt Assunção (MX1) . O piloto paulista, pole da MX1, atiçou a curiosidade dos presentes quando experimentou algumas voltas com um modelo 2 tempos (cada vez mais escassos no motocross atual) durante o treino. Logo porém estava de volta a sua CRF 450cc para marcar a melhor volta.

O piloto sensação da temporada passada Jorge Balbi Júnior, de passagem pelo Brasil (nesta temporada ele compete no exterior), esteve acompanhando esta etapa. Balbi aproveitou para assessorar o primo Max Balbi, que compete em seu primeiro ano na MX1, enquanto recupera-se de uma lesão sofrida em uma prova regional no EUA. Jorginho falou a nossa equipe que estará de volta aos treinamentos em duas semanas, que ainda está em negociações com as equipes do exterior e em breve anunciará novidades sobre seu futuro nesta temporada. Aparentemente ele esta em ótimas condições e logo logo deve estar de volta às provas para continuar o seu trabalho.


Leonardo Muller
Domingo estava um dia perfeito, ensolarado e com arquibancadas cada vez mais cheias. Se no sábado a quantidade de público já era boa, no domingo o motódromo parecia um formigueiro.

A categoria MX3 foi a primeira a largar, com gate cheio, iniciando as emoções da tarde. Ausência sentida a de Cássio Garcia, piloto que deu show durante os treinos e prometia incomodar o atual campeão Chumbinho já que demonstrava muita vontade e havia conquistado a pole-position na categoria. Cássio teve uma fratura na perna e acabou fora da prova.

E mais uma vez Milton “Chumbinho” Becker fez uma ótima largada, liderando a prova desde a primeira volta. O início de corrida também foi bom para Léo Lopes piloto que ocupava a segunda posição. Logo Léo acabou superado por Ric Raspa e Leonardo Muller os dois protagonizaram a disputa pela segunda posição

Nas últimas voltas Chumbo já comemorava mais uma vitória junto ao público (a terceira consecutiva na temporada) e Ricardo Raspa uma ótima e benvinda segunda posição que lhe deu a vice-liderança na classificação geral. Nico Soares também ‘cresceu’ no Campeonato chegando logo atrás de Leonardo Muller (terceiro na prova e na temporada) conquistando a quarta posição.


Douglas Santos
Para Léo Lopes a quinta posição foi motivo de muita alegria: “Se o mundo acabasse hoje, eu morria feliz”, comentou o melhor gaúcho na prova pouco antes de subir ao pódio. Na sexta posição chegou mais um gaúcho, Marco Muller, campeão brasileiro em 2001. O terceiro piloto local entre os dez primeiros foi Carlos Kettermann, sétimo na etapa. Alberto ‘Brizola’ Maschio lutou grande parte da prova com Antônio Miranda pela oitava posição, no final conseguiu a ultrapassagem. Sandro  Silvério ficou com o décimo lugar.

Milton ‘Chumbinho’ Becker (1°colocado MX3): “Isso é fruto do trabalho dos meus patrocinadores que me apoiam para que eu consiga esse resultado. O Campeonato Brasileiro e esse público maravilhoso estão de parabéns. A gente viu recorde de público em Indaiatuba, em Canelinha e agora aqui em Carlos Barbosa e se Deus quiser na próxima etapa no Mato Grosso também. Quem sai ganhando com isso é o esporte, e sem dúvida vai crescer cada vez mais. Fico realmente muito contente de ver todo esse público”.


Anderson Cidade
Ric Raspa (2º colocado MX3):
“Acho que toda prova é difícil, mas eu estou desde ontem fazendo um trabalho de cabeça muito forte pra andar e fazer o segundo lugar no Campeonato. A conseqüência da colocação na corrida era do trabalho que eu venho fazendo até hoje e só mostrou que está certo, porque na primeira etapa o o Chumbo sobrou e na segunda já ficou um pouco mais apertado e hoje eu já senti que dá para ir junto. Tive um problema no meio da prova que a moto morreu, mas eu não deixei abalar o psicológico e consegui resgatar de novo a concentração”.

Leonardo Muller (3º colocado MX3): “Foi uma bela prova. Apenas tive alguns problemas com o joelho, na primeira volta eu torci o joelho e senti muita dor. A pista mudou bastante o traçado, eu fui me adaptando e melhorando. Na metade da prova já não sentia muito dor e consegui recuperar-me. Quase consegui a segunda posição”.

Logo na primeira volta da categoria 65cc alguns dos principais pilotos ficam fora da disputa pela vitória. Gustavo Takahashi é um deles já que sofre uma forte queda na mesa de chegada quando tentava assumir a liderança da prova. O piloto deixa a prova para ser atendido pela equipe médica.


Natan Azevedo fez uma rápida apresentação de Freestyle no intervalo entre as baterias
Hector Assunção passa então brevemente pela liderança já que quando chega nas costelas o motor de sua moto deixa de funcionar. O atual campeão novamente tem azar e desesperadamente tenta voltar a prova. Everaldo Lima é quem lidera seguido por Felipe de Simoni e Douglas Santos.

Felipe de Simoni ataca o líder e consegue a ultrapassagem. Mais tarde Everaldo deixa a disputa pelas primeiras posições ao sofrer uma queda. Com boa vantagem sobre Douglas Santos, Felipe administra a primeira posição e conquista sua primeira vitória no Nacional. Já Douglas comemora a liderança na classificação geral. Andrews Armstrong acelerou forte fez várias ultrapassagens e chegou próximo a Douglas, na terceira posição. Daniel Guelman e Cézar Zamboni ficaram com a quarta e quinta posições da categoria.

A categoria 85cc não foi muito diferente da etapa passada com muitas brigas por posições. Nas primeiras voltas já se definiam os privilegiados que disputariam um lugar ao pódio. Thales Villardi fez uma boa largada desta vez, mas não teve vida fácil para manter-se na frente. Veio sendo pressionado por Anderson cidade, sem ter um minuto de paz em uma longa perseguição. Thalles só teve a certeza que venceria nas últimas voltas, quando abriu uma diferença suficiente para relaxar um pouco e administrar a primeira posição. “Só no final que eu consegui ter um pouco de certeza que dava pra eu vencer esta etapa”.


Marcello Ratinho Lima
Anderson Cidade brigou bonito pela primeira posição, em toda corrida tentou desequilibrar, mas não foi o suficiente e o catarinense precisou se contentar com a segunda posição. “Todos pilotos estão em um nível muito bom, o resultado na prova depende de detalhes. Esta prova o Thales foi superior, na segunda eu fui superior e agora vamos ver o que vai ser do Campeonato”.

Kaian Teixeira vem subindo de produção e desta vez esteve no pódio, na quarta posição, lugar que rapidamente dominou durante a competição. Já Pedro Ramos teve mais trabalho para conseguir o quinto lugar. O piloto paulista disputou várias voltas em um pelotão que tinha também Raphael de Simoni, Dudu ‘Camundongo’ Lima e Gabriel Gentil. Depois de várias trocas de posição Raphael de Simoni ficou com a sexta posição, Gabriel Gentil com a sétima e Dudu com a oitava. Essa garotada vai dar muito que falar nas próximas etapas.

Antes de continuar as corridas o público teve uma apresentação ‘surpresa-relâmpago’ de Freestyle, com o showman Natan Azevedo. O piloto mineiro que integra o Jorge Negretti Motocross Show aproveitou um intervalo entre as apresentações que a equipe está realizando no Sul do país para uma rápida apresentação na mesa de chegada. O público vibrou com as manobras, em especial com um Hart-Attack espetacular, muito bem executado.


Rodrigo Selhorst
De volta as corridas foi a vez da categoria MX2, aonde muitos pilotos vem brigando por um lugar no pódio. Como não podia deixar de ser esta prova chamou muita atenção do público. Afinal quando caiu o gate haviam quarenta motos acelerando forte...

Renan Bunij pulou na frente com uma excelente largada, mas já na primeira volta Rodrigo Selhorst mostrou-se ansioso em assumir a liderança e ameaçava a todo momento o primeiro colocado. Não demorou muito e ele conseguiu a ultrapassagem.

Não demorou muito também para Leandro Silva mostrar que nesta temporada só pensa em vencer. O piloto paranaense não fez uma boa largada, mas logo estava na quinta posição. Depois o que se viu foi um piloto concentrado e melhorando seu desempenho a cada volta até chegar a liderança, posição que manteve com tranquilidade até o final.

Selhorst também não resistiu a Marcelo “Ratinho” Lima que fez uma belíssima prova de recuperação. Demonstrando muita raça ele chegou no bolo dos cinco primeiros ultrapassando os adversários até encostar em Selhorst. Aí teve início uma bela disputa que agitou o público. A ‘briga’ entre os companheiros na equipe Yamaha terminou com a vantagem de Ratinho, resultado fundamental para que o piloto assumisse também a segunda posição na tabela de classificação geral. Rodrigo Selhorst andou forte nos treinos livres e no cronometrado, mostrou velocidade, mas não teve a mesma constância que os adversários e acabou na terceira posição. Depois da prova ele se queixou de problemas que atrapalharam seu desempenho durante a corrida. 


Reanan Bunij
Renan Bunij confirmou a quarta posição, um excelente desempenho principalmente levando-se em conta que está com um modelo 2004, sua única moto para esta temporada. A quinta posição ficou para Rafael Zenni. O líder na classificação geral andou meio apagado na corrida, mesmo tendo vencido esta prova no ano passado. Seus adversários cresceram na classificação e a pressão aumenta para o piloto Ituano para próxima etapa.

O jovem Wellington Garcia segue destacando-se na sua primeira temporada na categoria e repetiu a sexta posição da etapa anterior. Na sequência chegou Davis Guimarães seguido de perto por João Toledo. Lucas Moraes e Rafael Helal fecharam os dez primeiros da prova.

Leandro Silva (1°colocado MX2): “Foi uma prova difícil pra mim, tive uma largada ruim vim recuperando posições. Quando cheguei nos três primeiros colocados foi mais difícil, todos estavam andando muito bem, o ritmo estava muito parecido e uma largada ruim realmente prejudica. No fim vim me recuperando, ultrapassei e consegui abrir uma certa diferença que deu para administrar até o final. Segunda vitória este ano, tive um problema na primeira que me deixou 20 pontos atrás do Rafael Zenni pra essa etapa, então estou muito feliz. Se não me engano estou um ponto atrás (na verdade seis pontos), para quem estava a vinte é muito bom”.

Marcello ‘Ratinho’ Lima (2°colocado MX2): “Esta corrida foi muito difícil pra mim, fiz uma péssima largada, na primeira volta passei em 29º mais ou menos... Vim passando dois por volta, consegui fazer uma boa corrida. Seria melhor se fosse o primeiro, mas este resultado foi bem legal”. 


Roosevelt Assunção

Rodrigo Selhorst (3°colocado MX2): “Estava em final de semana perfeito, fiz o primeiro tempo no treino livre e também no classificatório. No warm-up me recolhi um pouco. Na corrida eu larguei em terceiro lugar, passei logo os dois pilotos a frente, e dava para ver que poderia ser uma prova bem legal, mas não sei o que estava acontecendo. Minhas mãos ficavam abrindo nas manoplas, estava com um problema que eu não conseguia segurar a moto direito. Não sei se era suspensão, sei que eles me passaram e eu acabei chegando em terceiro lugar. Foi legal, lógico que se eu fosse primeiro estaria mais feliz. A organização e todos estão de parabéns”.


João Marronzinho Silva
Final de tarde e o público aguarda ansioso a largada da categoria MX1. Os gaúchos torcem pelo piloto da casa Douglas Parise que não decepciona e, depois de disputar as primeiras curvas com Rodrigo Siqueira assume a liderança. Os pilotos sofrem com o sol contra em alguns trechos da pista prejudicando bastante a visibilidade. Nas costelas por exemplo, os pilotos passam por um voô cego, exigindo ainda mais arrojo dos competidores.

Determinado Parise segue na frente enquanto Siqueira (que não corre 100% físicamente) sofre a pressão do pole position Roosevelt Assunção. Junto com Roosevelt vem o líder do Campeonato João ‘Marronzinho’ Silva e pouco depois os dois ultrapassam Siqueira e disputam a segunda posição. Essa acaba sendo a principal batalha da bateria já que Massoud também ultrapassa Siqueira mas não chega nos dois e isola-se na quarta posição.

Já Siqueira perde contato com Massoud, mas não permite a aproximação do trio de pilotos da Yamaha, Kristofer Florenzano, Eduardo Saçaki e Rafael Ramos, respectivamente sexto, sétimo e oitavos na prova gaúcha. Saçaki alguns dias depois treinava no circuito de Carlos Barbosa quando sofreu um grave acidente fato que obrigou o piloto paranaense a submeter-se a uma cirurgia de emergência em Caxias do Sul. Saiba mais detalhes em nossa seção de notícias. Vamos rezar por uma breve recuperação do Japônes Voador. Força Saçaki!


Massoud Nassar
Voltando a prova ao longo da bateria Douglas Parise aproveita-se da intensa disputa entre Roosevelt e Marrom e se distancia ainda mais. No final o clima de festa é ainda maior já que Parise aproxima-se cada vez mais de uma vitória inédita. Bandeirada para Parise e as arquibancadas ‘explodem’ em festa na primeira vitória do gaúcho na categoria principal do Campeonato Brasileiro.

A briga pela segunda posição segue até a última volta, mas define-se em uma queda de Marrom (sem maiores consequências) em uma última tentiva de ultrapassagem sobre Roosevelt. Sobem ao pódio: Parise (1º), Roosevelt (2º), Marrom (3º), Massoud (4º) e Siqueira (5º). Luiz Zimmermann e Fabiano Nestor dos Santos completaram os dez melhores da etapa na MX1.

Douglas Parise (1°colocado MX1): “Essa corrida foi a melhor corrida de toda a minha vida. Eu vinha trabalhando muito, já estava muito cansado... vinha nas corridas sempre batalhava e nunca alcançava o meu objetivo. A melhor coisa que me aconteceu foi ter vencido... venci em casa tranquilo. Foi uma corrida muito difícil estava tenso não conseguia me concentrar. A galera me incentivou a corrida inteira. Isso foi a melhor coisa que aconteceu hoje e no motocross foi a melhor coisa que aconteceu pra mim”.


Veja também:
 Galeria de Imagens da Prova com 264 fotos!
Roosevelt Assunção (2°colocado MX1):
“Pra mim foi uma prova muito boa. No começo do Campeonato eu fiz uma boa prova em Indaiatuba e terminei em segundo. Na segunda etapa eu não fui muito bem, tive um problema no freio traseiro e fiquei em quarto. Agora eu fiz uma prova muito boa, larguei um pouco mal e fui me recuperando.
O Douglas largou na frente e no começo conseguiu abrir uma boa distância. Em vez de ir atrás do Douglas eu fiquei preocupado com o Marrom e comecei a me defender. Foi ai que o Douglas começou a se distanciar mais ainda. Mas acho que eu e o Marrom fizemos uma corrida muito boa, trocamos de posição várias vezes. Eu fazia a curva por fora, ele por dentro... fazia por dentro ele fazia por fora... estava meio sem jeito para me defender, mas deu tudo certo, na última volta ele caiu faltando quatro curvas para chegada e eu consegui ficar em segundo. Agora vou treinar bastante pra Cuiabá pra ver se consigo uma vitória. 

João ‘Marronzinho’ Silva (3°colocado MX1): “Estava tudo perfeito, minha moto estava ótima, muito boa mesmo. Mas infelizmente não era meu final de semana. Desde sábado no primeiro treino eu senti que não estava bem e não tinha me acertado na pista e foi assim o final de semana inteiro. Eu venci as duas primeiras etapas com facilidade e nessa última eu forcei muito para andar em terceiro, fiz um pega com o Roosevelt cheguei a passá-lo, mas infelizmente eu acabei perdendo a segunda colocação. Agora é treinar bastante para a próxima etapa”.

O Campeonato Brasileiro de Motocross é organizado e promovido pela CBM (Confederação Brasileira de Motociclismo) com patrocínio Honda, Mobil e Dunas Race, co-patrocínio Expresso Joaçaba e Yamaha.







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