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João Paulino Silva - Marronzinho
Publicado em: 14/03/2006
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Entrevista João Paulino Silva - Marronzinho
Por Cauê Raspa - Fotos: Lucídio Arruda, Flávio Oliveira e Ronaldo Sampaio

Este catarinense de 22 anos conquistou diversos títulos estaduais antes de surgir como destaque do circuito nacional de motocross. Em 2004, como piloto privado, conquistou sua primeira vitória no Campeonato Brasileiro, quando terminou a temporada em 3º lugar, na antiga categoria 250cc.


Marronzinho é o atual campeão brasileiro da categoria MX1

Em 2005 surgiu a oportunidade de competir pela equipe Suzuki e, com um início de temporada arrasador, 
Marronzinho não deixou escapar a oportunidade conquistando o título da classe principal, MX1.

Conversamos com o atual campeão brasileiro pouco antes da sua estréia no Campeonato 2006:

Você foi o campeão o ano passado,  e neste ano se tornou o homem a ser batido pelos outros pilotos... As expectativas sobre você cresceram e com isso a pressão também aumentou... Como você lida com essa pressão ? 

A pressão eu deixo para os outros pilotos! Eu não me considero melhor para não abalar o meu próprio psicológico, pra não ter pressão em cima de mim. Eu trabalho em cima dos outros pilotos, esqueço que sou o número um. Treinei bastante na pré temporada pra chegar aqui e andar forte, estou com o preparo cem por cento, não tenho nenhum machucado, minha moto está cem por cento, então estou bem equilibrado pra esse campeonato. 

Qual é a sua rotina de treino e dieta? Depois da conquista do campeonato ela mudou? 

Não mudou muito. De manhã eu faço a parte aeróbica, de tarde treino com a moto e três vezes por semana eu encontro com meu personal. Eu tenho uma dieta balanceada, como bastante verduras e frutas. 


"Eles viram que eu podia ganhar... que poderiam investir em pilotos brasileiros", sobre a equipe Suzuki.
O que melhorou pra você dentro da equipe depois de conquistar o campeonato do ano passado, em termos de estrutura?
 A Suzuki ficou anos sem conquistar o titulo brasileiro...

Meus patrocinadores continuaram praticamente os mesmos, mas agora eles investiram mais, reconheceram meu trabalho. Contratei um mecânico, antes era meu pai que fazia minha moto, como se já não bastasse trabalhar para sustentar a casa ele ainda fazia minha moto... era bem corrido pra ele. Agora contratei um mecânico que é bem legal, o Gledson, que está fazendo um trabalho bom. Meu Box mudou bastante, troquei o motor-home, as coisas mudaram bastante. 

Melhorou também o reconhecimento, eu entrei na Suzuki pela porta dos fundos porque eles me contrataram sem cobrança, eles queriam que eu conquistasse o titulo, mas não havia aquela confiança de um campeão, então foi bem legal.  

Mudou bastante depois das primeiras etapas (em 2005), eles viram que eu podia ganhar, que eles poderiam investir em pilotos brasileiros sem gastar horrores como gastaram com o Pocorobba (piloto norte-americano que competiu pela equipe em 1999), eles viram que podem acreditar em pilotos nacionais gastando bem menos, o que pra nós é ótimo. 


Estréia em 2006: 3ª posição em Indaiatuba, SP

Vamos falar um pouco do seu campeonato do ano passado, que começou com muitas vitórias e depois parece que foi caindo o ritmo, me conte o que aconteceu. 


"Aquele rolo na primeira curva com o Roosevelt, prejudicou os dois... depois me favoreceu pois não precisei acelerar tanto para ser campeão", sobre a final do Campeonato em 2005
Logo após Dourados (MS) eu estava treinando e machuquei o joelho, houve uma torção forte no joelho. De início o médico achou que precisava operar, mas eu não queria parar então optei por uma fisioterapia e não podia fazer exercícios como vinha fazendo nem treinar, isso atrapalhou o rendimento. 

Em Cianorte (PR) eu ainda sentia dor no joelho, mas eu já estava com um ritmo melhor, larguei mal, passei o Roosevelt e abri oito segundos, só que cometi um erro.  Choveu, ficou um lodo antes da mesa eu acabei pulando demais e caindo depois da recepção do salto, então aquilo ali me prejudicou, eu sai atrás do Massoud e mesmo muito cansado de tanto tentar dar a partida na moto eu consegui passá-lo. 

Com isso fui com uma situação favorável para a final, na final eu estava com tudo pra mostrar e acabou dando aquele rolo na primeira curva com o Roosevelt que prejudicou os dois (um acidente na largada envolvendo vários pilotos provocou a queda dos dois candidatos ao título), depois me favoreceu porque eu não precisei acelerar tanto para ser campeão, mas mesmo assim eu acho que ficou mal, não ficou uma coisa bem explicada. 

Quais são suas expectativas para a temporada 2006?


Com Roosevelt Assunção, seu principal adversário na disputa pelo título de 2005
Eu pretendo continuar vencendo e manter esse titulo que não é nada fácil, eu sempre falo que ser campeão não é o mais difícil, difícil é conseguir manter o numero 1.  Quando eu entro na pista todo mundo olha pra mim todos querem me vencer então isso é bem complicado, só que é como eu disse no inicio da entrevista, eu esqueço que sou o número um e parto pra cima dos meus adversários com tudo, vou mordendo o guidão (risos)!!!  

Quais são os seus principais adversários nessa temporada? 

Esse ano tem uns seis ou sete pilotos ai que são muito fortes e que vão dar trabalho como: Balbi, Roosevelt, Florenzano, Massoud, Pipo, Duda Parise, Rafael Ramos, isso é legal porque torna o campeonato mais competitivo e mais bonito e eu espero bater todos esses adversários. 

Quais os campeonatos que você vai participar esse ano e qual a sua pretensão? 


Recebendo o number plate Nº1 das mãos de Jorge Balbi
O Catarinense de supercross e motocross, onde quem sabe eu corra também na MX2, Brasileiro de motocross e supercross, vou participar também do desafio internacional na Argentina em abril e farei umas participações especiais em alguns campeonatos, mas de início são esses os campeonatos. 

No começo de 2005 você fez uma transição de equipe e mudou a marca da sua motocicleta. Quais foram as maiores dificuldades que você encontrou com essas mudanças? 

Eu acho que não houveram dificuldades só melhoras porque eu estava com uma Honda, mas era uma moto só e em dezembro ela já estava destruída. Eu tive que continuar treinando com ela e a cada treino quebrava alguma coisa, porque quando a gente treina direto a moto acaba gastando mesmo. Não que a Honda seja uma moto ruim, mas a minha moto tava gasta e quando eu peguei a Suzuki ela veio maravilhosa e além do mais zero! Então foram só facilidades mesmo, eu peguei a moto uma semana antes de vir pra cá (na abertura do Campeonato 2005, também em Indaiatuba) vim super empolgado e deu tudo certo. 

Quais são seus patrocinadores para essa temporada? 

Este ano conto com Suzuki, Petrobras, Circuit, Mitas, Mônaco, Motoshop, Dragon e PMX. 

Muito obrigado pela entrevista e boa sorte.

Obrigado, um abraço a todos.

Bate Bola

Nome: João Paulino Silva (Marrom) 

Comida predileta: arroz e ovo frito

Bebida predileta: suco de laranja

Pista predileta: Canelinha - SC 

Ídolo nacional: Cássio Garcia

Ídolo internacional: Rick Carmichael

Maior motivação: meu pai 


    






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